Nos últimos meses eu tenho compartimentalizado muito as coisas em estatística e minhas expressões não saem muito do instantâneo no teclado de caracteres. E eu estranho porque essas coisas eu sempre senti de uma forma intensa demais.
Acho que depois de 26 anos comecei a me questionar sobre a propriedade de merecimento delas. 2 dias, 2 meses, 2 anos. Não acho mais que o que se mede intensidade é energia por unidade de tempo. Nem de espaço. Será que já inventaram alguma coisa além de forma nominal pra medir o agora?
— sempre gostei de gerúndios.
O pouco que eu registrei das coisas — dessas que me merecem — ficou jogado no aplicativo de bloco de notas esperando que eu compartimentalizasse elas também. Mas meu corpo anda me sabotando muito. E é bizarro como todas as maiores partes de mim dependem de umas menores. E quando elas se desentendem dói, tanto que eu sinto no centro do meu abdome e reviram meu estômago cento e cinquenta vezes (ou mais).
Mas essa codependência concentrada em mim é um respiro depois dessas partes se revezarem por muito tempo em depender de outras coisas e pessoas no externo. Que sequer estão aí agora pra eu conseguir nomear. Queria dizer pro meu corpo que ele pode doer sim, desde que seja por ele mesmo. E que às vezes vou curar aquela dor de cabeça intermitente com um shampoo de peptídeos mas que do enjoo eu ainda não entendi bem o porquê.
Um dia ele me explica.
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